Aeroporto da Praia
Aeroporto da Praia
Ao descer o Abobreiro
Ao descer o Abobreiro
Interior de S. Tiago tempo das Águas
Tempo chuvoso nas encostas do Djunco
I
Ali vejo um pico
Além vejo uma colina
E daqui deste pico
Vejo uma Linda menina
II
Vejo montes
Vejo serras
Também vejo fontes
Regando lindas terras
III
Com ruas em pedregulhos
Com rampas fumarentas
Com estradas empedradas
E com avenidas poeirentas
IV
Quando chove
É água abundante
Depois se move
Para uma seca permanente
V
Os vales e as ravinas
São os que abundam de verdade
As pedras e cheiros a urina
Vivem aqui em liberdade
VI
Ruas sujas
Esburacadas e perigosas
Praças nuas
Desencantadas, mas gostosas
VII
Também há,
Locais verdes, encantadoras,
O que não há,
São trabalhos duradouros
VIII
Trabalho afinco
É interesse de primeira
Mas, quando brinco
Se exaltam de que maneira
IX
É mesmo assim hoje em dia,
Não se trabalham só p’ra cachupa
Mas, assim sendo, todavia
Se vivem em chupa-chupa
X
Cabo Verde minha terra
Não sejas uma ferra,
Aqui, pois nasci
E para ti, vivi
Março 2006
Daniel Vieira
Tempo chuvoso nas encostas do Djunco
I
Ali vejo um pico
Além vejo uma colina
E daqui deste pico
Vejo uma Linda menina
II
Vejo montes
Vejo serras
Também vejo fontes
Regando lindas terras
III
Com ruas em pedregulhos
Com rampas fumarentas
Com estradas empedradas
E com avenidas poeirentas
IV
Quando chove
É água abundante
Depois se move
Para uma seca permanente
V
Os vales e as ravinas
São os que abundam de verdade
As pedras e cheiros a urina
Vivem aqui em liberdade
VI
Ruas sujas
Esburacadas e perigosas
Praças nuas
Desencantadas, mas gostosas
VII
Também há,
Locais verdes, encantadoras,
O que não há,
São trabalhos duradouros
VIII
Trabalho afinco
É interesse de primeira
Mas, quando brinco
Se exaltam de que maneira
IX
É mesmo assim hoje em dia,
Não se trabalham só p’ra cachupa
Mas, assim sendo, todavia
Se vivem em chupa-chupa
X
Cabo Verde minha terra
Não sejas uma ferra,
Aqui, pois nasci
E para ti, vivi
Março 2006
Daniel Vieira
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