Monday, June 22, 2009

IRAQUE Cap. 1







I
Bombardeamentos sobre o Iraque
Criando nuvens negras muito acre
Espalhando-se pelo Céu,
Como se fossem um negro véu

II

Na terra,
Como se fossem uma fera
Matando suas vítimas,
Entre as mais íntimas

III

Lá em cima...
Onde os fortes estão contentes
Com bombas mais potentes
Obrigandos à muita esgrima

IV

Em baixo,...
Com sangue, como um rio,
Correndo ladeira abaixo,
Enchendo todos, de um terror frio

V

Na desigual luta,
Onde não há permuta
De armas que um padece
E horrores que acontecem

VI

A desigual força
Posta, então em movimento
Os estrondos da tal força
Cria muitos sofrimentos

VII

Não havendo quem esteja.
Tão farto desta peleja
Como o Sumo da Igreja
Pôr um não que se veja
Para acabar a guerra
Ainda nesta era

VIII

Conhecem o grane trio,
Todos de grande brio
W Buche, Blair e Azinar
A acenarem sem cessar
Lá pró Médio Oriente
Até parece que se mentem
De tudo e mais Porta-aviões
E também com comilões
Que de longe os olham
Na bica do Petróleo

IX

Olhem ainda o pequeno Azinar,
Correndo sem magoar
A libertar Courdos
Fingindo-se de surdo
Esquecendo, porém, dos Bascos
Como se fossem um podre casco

X

Ainda há um torrão
Que pica com seu ferrão
E mais conhecido por Durão
Que faz de bobo a multidão

XI

Que nas Lages recebeu
O trio que por lá apareceu
E depois de breves gargantolas
Foram todos de lá embora

IRAQUE Cap. 2







Cont.

I

Agora no sul do Iraque, então se espera
Grandes Monstros de Guerra,
Muitos homens e carros de combate
Se vão juntando, para o tal embate

II

Lá em cima o povo com coragem
Esperam-lhes, para a dita abordagem
Mas a desigual força, aos fortes prevalece
Mas também querendo Deus, tudo acontece

III

Mísseis, bombas, provocando grandes perigos
Bunqueres, abrigos, defendendo de inimigos
Estrondos, explosões, ouvidos por todo lado
Mais do que esperavam aqueles desgraçados

IV

Mundo inteiro, de pé se manifestando
Diante do pobre Buche, ali se rogando
Mas, Este espera, pela coligação vencer
Ou algo de anormal, se venha acontecer

IRAQUE Cap. 3







Cont.

I

Na ONU quando a coisa aconteceu
Ele, o Buche, ainda não percebeu
Que sem votos derrotado ficou
Muito Magoado do Conselho se retirou


II

Guerra ilícita mandou ele começar
Para mostrar que ainda pode mandar
Mas desgostoso ficou muito da França
Por ter perdido a sua confiança


III

Do Koweit então se partem pró Iraque
Em duas se dividiram com destaque
A grande força rumando a Baçorá
A outra idêntica pelo deserto subirá

IV

Os Ânglos na primeira tomam parte
O Tio Sam pra Bagdade então se parte
Com prudência, ou mesmo cheios de medo
Lentamente se vão com pouco ledo


V
Sempre clamando a Deus, Virgem e Bombardeiros
Para qualquer fantasma assim na dianteira
Não adiando para outro dia
O que pode ser feito no próprio dia


VI

As tropas pouco a pouco, travam combates
Começando assim, o duro embate
Os feridos também se vão contando
E os mortos aparecem de vez enquanto

VII

São tristes os quadros, ali na frente
Aparecendo por todo lado constantemente
Mortos e feridos, por aqui e acolá
São coisas que a guerra faz então por lá

VIII

As vítimas morrem em cadeia
Do Céu, novas bombas vêm em estreia
No chão, sangue corre como maré-cheia
Hospitais, são iluminados só pela Lua Cheia


IX

Mortes em cadeia, por todo lado
Até nas estradas, onde os carros são virados
Gentes que reclamam desconformadas
As formas Buchista, como são libertadas

X

É com prédios ruindo, gentes soterradas
Por baixo de pedras e betão, engavetadas
Muito pior que inimigos chicoteados
As formas cruéis como são libertadas

XII

É assim se passa em Bagdade
Mortos por todo lado, sem escolher a idade
Jornalistas, também se apanham pela igualdade
Ali não se escolhe, nem mesmo os seus soldados

XIII

Se o inferno existir, será ali
Com máquinas voadores, por ali
Roncando os motores, assustando todos dali
Ou metralhando sem pedir o alibi

IRAQUE Cap. 4







Cont.

I

Não há palavras que descrevam tanta maldade
Nem coragem para ver tanta crueldade
Resta só rogar a Deus por um milagre
Para seus filhos um pouco de piedade

II

É com medo de Sadam
Que então se dão
Bombas à farta, ali no ar
Sem parar

III

À espera que ele se capitule
Ou se especule
A vitória do Iraque
Como um craque

IV

Mas não te enganes
Oh! Velho tirano
Que estou mais forte desta vez
E que te levo à morte de uma vez
Para te fechar a gargantola
Com a lama que te entolas

V

A morte de Sadam é um desejo
Para toda coligação, é um ensejo
Mas o velho nega com desprezo
Fecha-se no bunquer e dorme em sossego

VI

Em cima na velha cidade milenária
Os tanques ocupam já grandes áreas
Procurando o velho ditador, em todas as casas
Mas, sempre se escapa, pelas suas próprias asas

VII

Qual não seja, tão grande maravilha
Ver Sadam reunido a poucas milhas
Com seus elegantes cabecilhas
A procura de melhores dias


VIII

Astutos altos de boinas pretas
Assim é, a clique sadanista, tão ferreta
Mas todos, procurados a pente fino
Mas que se defendem com grande tino


IX

Quantas vezes, Sadam é dado como morto
Vezes quantas, também é dado como vivo
Afinal, qual seria melhor alívio
Se pior é vivo, ou se melhor é morto

VIII

Há até aqueles que o dão, já decomposto
Com mais de quatro anos, que fora deposto
Mas isso, se trata porém, de um pré suposto
Por aqueles que gostam de mau gosto

IRAQUE Cap. 5




Cont.

I

Já o Iraque bem vencido
Mas a Coligação não convencida
Não se cantam a vitória
Nem se sentem na glória

II

Pois que o medo era tanto
Não os deixavam no entanto
Ver o que defacto se passava
Quanto mais se esperava

III

Foram necessário passar três dias
Para saírem daquelas vias
E entrarem nos Hotéis
A fiscalizarem os pastéis


IV

De quarto em quartos foram andando
Alguns suspeitos foram encontrando
Tarefa Árdua e esquisita
Foi quando entraram na Mesquita


V

Nas ruas roubos se via
Gentes transportando, todavia
Mesmo nas barbas dos soldados
Tudo enquanto lhes apetecia

VI

Que estrondosa derrota
Para os aliados ali se nota
Impunes e impotentes, ali de pé
Vendo-os passando na roda pé


Praia, Março 2003

IRAQUE Cap. 6










Cont.

I
Buche cantou a vitória
Pondo América na Gloria
Anunciando fim da história
E dos combates sem Gloria


II

Cessaram todos combates
Da parte do monstro da guerra
Porém, seguiram os embates
Realizados por gentes da terra


III

Desde o discurso da fera
A bordo da grande fragata
Que a pobre gente se espera
Por uma retirada pacata

IV

Já que a coligação não sai
Começa a nova escalada
Com gente da terra que vai
Pondo bombas aí à farta

V

A luta muda de figura
A coligação passa à defesa
Com suicidas à mistura
Matando os mais indefesos

VI

Bombas arrebentam por todo lado
Dentro dos carros armadilhados
Matando vários soldados
Das tropas ali estacionadas


VII

Americanos reclamam a forma
Como são ali atacados
Não querendo carros armadilhados
Nem armas dos desgraçados


VIII
Não se lembram da aviação
Com toda aquela traição
Lançando bombas de acção
Matando gentes de então

IX

Mesmo assim não se vão embora
Só por causa do petróleo
Ficando ainda por ora
Encantados com o negro óleo

X
Bombas se estalam por todo lado
Matando seus próprios soldados
Mas ficam ali calados
Na esperança do outro lado...


XI

Até criaram Governo bonifrate
Com servidões de destaque
Com gentes da ordem de frades
Que passaram ao ataque


XII

Já passou mais de um ano
Após o discurso do fulano
Sobre a cessação do conflito
Mas continuam bem aflitos


XIII

A guerra não acabou,
Mas sim mudou
De bombas de aviação
Para bombas de reacção


XIV

Muitos soldados morreram
Também gentes da ONU pereceram
Muitas centenas se contam
De gentes que por lá ficaram

IRAQUE Cap. 7





Cont.


I

Finalmente Sadam foi preso
Será verdade ou confusão
Várias vezes saiu ileso
Da semelhante atrapalhação


II

Tudo só para enganar o Zé
Coitado, acredita em tudo
Que então se escrito ver...
Mas, será o fim de tudo!


III

Há críticos corajosos e destemidos
Que numa análise contestam tudo
Mas logo antes de serem comidos
Põe-se a milhas e ficam mudos!


IV

Sadam apareceu barbudo de cabeleira
Sentado num consultório numa cadeira
A tratar de dentes sem brincadeira
Esganado assim daquela maneira


V

São coisas que o Tio Sam faz
Há procura de uma boa paz
Tratando assim o pobre rapaz
Diante da câmara, num registo fugaz


VI

Mas são poucos que acreditam
No pouco que então viram
Médico esgravatando dente
Do homem com ar de demente

VII

Sadam é hoje um mito
Espalhado por todo o sitio
Como muitos o tem dito
Onde está, morto, vivo ou interdito

Praia, Junho 2004