Tuesday, June 19, 2007

AQUI JAZ

I

Aqui jaz,
É a Campa da minha mãe
Aqui trás,
Muitas recordações também

II

Nesse pequeno espaço de terra
Repousa toda a minha admiração
Ao Ente, que me deixou nessa espera
E me alegrava com muita atenção

III

Desde o seu desaparecimento
Dela, a minha mãe eu me lamento
O meu coração muito sentido
Com lembranças do seu passado



6.07.06 Daniel Vieira

1 comment:

Gloria said...

Estou sinceramente emocionada e nao espantada que desde a minha mocindade sempre quis ouvi-lo.
A voz de um homem, trabalhador, inteligente com uma dom para poesia espetacular...

hoje dei deixei o mar separarnos, choro, nao sei o motivo, so sei que choro, com medo de nao ouvir a sua voz lendo poesias, com mto orgulho do que escreve e a ler as minhas com uma pitada de admiraçao...

pela força obrigada, pela compania obrigada, pelo apoio mto obrigada... agradeço mto por tudo..

penso em ti mais do penso em meu pai... a verdade é tao triste...
estou aqui para dizer que te amo demais e tenho a certeza que na outra vida foste o meu pai....

... Preencheste o vazio que o meu pai nao soube preencher....
nao chegaste a limpar as minhas lagrimas porque nao as deixaste verter...
obrigada por tudo...

Este poema lembra a pessoa que amei e nao tive tempo de mostrar o quanto a amei... Lembro as suas maos suaves acariciando a minha pele, o sorriso da alegria quando tocava-me, a dor de querer dar e nao ter, a mulher que beijou a minha testa ensinando-me a perdoar... a mulher que hoje odeio, por deixar-me novinha, sem apreender nada do amor... Foi embora e nao despediu-me... Eu era criança e vi-a a chorar até morrer...
eu era apenas uma criança...

ALCINDA LUBRANO VICENTE
NUNA... a mulher que deixou-me