Tuesday, June 19, 2007

FILHOS

I
Filhos meus
Gente nova
Nados com Deus
Na mesma alcova

II
Nasceram
Dum doce amor
E parecem
Com a mesma flor

III
Foram crescendo
Num pequeno teto
São todos
Nados do mesmo feto

IV
Nascidos do nada
Ou dum amor ardente
Vivem encantado
Naturalmente

V
Esperam por algo
Ou coisa mais
Preferem diálogoComo dos pais



VI
Esperam por mais
Não coisa aparente
Nem para trás
Porque têm a mente

VII
Querem à frente
Ou coisa valente
Não se mentem
Especialmente

VIII
Sabem falar
Correctamente
Pensem aumentar
Discretamente

IX
Mais uma vez
Nada temeram
Esperaram a vez
E conseguiram

X
Tudo se arruma
Com grande paciência
Na mesma turma
Com tanta eminência

XI
Falam por todos
Com muita certeza
Vivem com modos
Que é uma beleza

XII
Trabalham afinco
Com boa coragem
Eles não brincam
Na sua abordagem

XIV

Foram versos curtos
De quadras soltas
Não é do surto
Que tu apontas

XV
Filhos meus
Acabaram meus versos
E com Deus
Façam os vossos


Daniel Vieira, 25.02.07







1 comment:

João Vieira said...

Pai!
Gostaria de agradecer os versos que nos dedica. São lindos e de uma profundidade que nós sabemos quanto. Sei que nem sempre temos tido a atenção devida para com seus poemas, mas não nos leve a mal, todos nós, Laura, Nelinho, Dany e eu queremos-lhe muito e, apesar de não termos tido demonstrações de carinho mais intimas como um beijo ou abraço forte apertado e prolongadó, é porque a timidez que herdamos atraisoa nossso sentimentos mais profundos, não deixando manifestar a beleza que nos vai na alma e o agradecimento por nos ter feito homens e mulher dignos e honrados.
Um beijão meu pai
João Vieira